quarta-feira, 9 de junho de 2010

O silêncio insurtecedor

Oiço as palavras que vêm do vazio
e escuto a falsidade de cada letra
Vou saltando de página em página
lendo belas frases sem sentido

Quando chego à página final
começo a correr, a correr
Para um sítio longe de ontem
Onde nenhum dia voltará a ser como foi

Sei que cheguei ao fim, tudo sem cor
O arco-íris está lá atrás
Sorrindo e magoado pelos dias chuvosos
Sem inicio e sem fim

Onde estará a razão do meu sorriso?
e depois o vento superou tão forte
Levando consigo a saudade e as memórias
Nem as cinzas venceram essa batalha

Vou passeando a solidão nestas ruas
ouvindo a mesma canção repetidamente
Procuro a metade de mim, mas apenas
sinto o meu coração a tremer de frio

Respiro o ar que não consigo respirar
corro, sem ter chão para pisar...













(hed) pe-The meadow/the phone call

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